Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Menu Principal
Edit Template

Blog da Omni Distribuidora

Controle de Estoque em Farmácias: Como Otimizar e Lucrar Mais

Facebook
Twitter
Threads
LinkedIn
Telegram
WhatsApp
Interior de uma farmácia

Aprenda como o controle de estoque em farmácias evita prejuízos e melhora o desempenho do negócio.

O controle de estoque em farmácias é um dos pilares da gestão eficiente e da rentabilidade no setor farmacêutico. Sem ele, uma farmácia pode perder vendas por falta de produtos ou imobilizar capital em excesso de mercadoria, comprometendo sua saúde financeira.

Neste artigo, você vai aprender como organizar o estoque de forma estratégica, manter o equilíbrio ideal entre oferta e demanda e utilizar ferramentas que facilitam a reposição no tempo certo.


Por que o estoque é essencial para a farmácia?

Gerenciar bem o estoque é garantir que o produto certo esteja disponível no momento certo, sem sobrecarregar o capital de giro. A farmácia, por ser um ponto de vendas de itens essenciais e de alta variedade, depende diretamente de um abastecimento preciso.

Quando o controle é falho, surgem prejuízos significativos, como:

  • Perda de vendas por falta de itens populares;

  • Acúmulo de medicamentos com baixo giro;

  • Vencimentos e descartes de produtos;

  • Redução da margem de lucro por compras mal planejadas.

O segredo não está apenas em vender muito, mas em entender o quanto cada produto contribui para o lucro do negócio.


O equilíbrio ideal: quando, quanto e por quê comprar?

Toda farmácia precisa encontrar o ponto de equilíbrio entre dois extremos: manter estoque alto e garantir o atendimento ao cliente, ou reduzir ao máximo para preservar o capital. Nenhuma das opções, isoladamente, é sustentável. O ideal é saber:

  • Quanto comprar: com base no histórico de vendas e no perfil do público;

  • Para quanto tempo abastecer: levando em conta o tempo médio de reposição;

  • Quando comprar novamente: para evitar rupturas sem gerar excesso.

Esse raciocínio é a base do controle de estoque em farmácias eficiente.


Conheça o perfil dos seus clientes

Antes de pensar em compras e reabastecimento, é preciso entender quem são os seus clientes. Farmácias em bairros residenciais, próximas a hospitais ou em áreas comerciais têm perfis de consumo distintos.

Essa análise ajuda a definir os itens prioritários e aqueles que podem ser adquiridos com menor frequência. Além disso, o tipo de prescrição mais comum na região influencia diretamente a variedade de medicamentos em estoque.


A importância da sazonalidade

No setor farmacêutico, a sazonalidade é um fator que não pode ser ignorado. Doenças respiratórias aumentam no inverno, enquanto alergias e queimaduras de sol são mais comuns no verão.

Além disso, campanhas sazonais de vacinação, surtos e ações promocionais da indústria influenciam fortemente o giro de determinados produtos. Antecipar-se a essas variações garante uma gestão proativa do estoque.


Aposte em tecnologia para o controle de estoque

Embora seja possível iniciar o controle com planilhas simples, o uso de sistemas informatizados especializados em farmácias facilita e torna mais precisa a gestão.

Essas ferramentas automatizam funções como:

  • Cálculo de reposição baseado em consumo;

  • Alertas de vencimento;

  • Relatórios de giro e lucratividade;

  • Identificação de produtos parados.

Soluções como sistemas ERP ou softwares farmacêuticos dedicados ajudam a reduzir erros manuais e a economizar tempo, tornando o controle de estoque em farmácias mais seguro e eficiente.


Classificação dos produtos: Curva ABC

A Curva ABC permite organizar os produtos com base em sua importância para o faturamento. Com ela, é possível definir prioridades e investir de forma inteligente.

  • Categoria A: Produtos de alto giro e alta margem. Costumam representar 20% do estoque e gerar até 70% do faturamento.

  • Categoria B: Itens intermediários, que respondem por 30% do estoque e cerca de 20% das vendas.

  • Categoria C: Itens de baixo giro e retorno, mas que ocupam até 70% do estoque, com apenas 10% da receita.

Focar nos produtos das categorias A e B evita perdas e melhora o desempenho geral da farmácia.


Venda Média Diária (VMD): base para decisões estratégicas

A Venda Média Diária é a quantidade média que um item vende por dia. A partir dela, calcula-se o estoque mínimo necessário e o ponto ideal para realizar a reposição.

Exemplo:
Se um medicamento vende, em média, 2 unidades por dia, e o fornecedor demora 5 dias para entregar, o estoque mínimo é de 10 unidades (2 x 5).

Essa métrica permite definir:

  • Estoque mínimo (também chamado de ponto de pedido);

  • Estoque máximo (quantidade máxima antes de parar de comprar);

  • Quantidade ideal de compra.


Previsão de demanda: combinando análise e experiência

Existem dois principais tipos de previsão:

  • Quantitativa: baseada em dados históricos de vendas e relatórios.

  • Qualitativa: baseada na percepção e experiência da equipe.

Farmácias que combinam os dois métodos conseguem fazer compras mais precisas, evitando tanto a ruptura quanto o excesso.


Indicador VNSP: descubra se o estoque atende a demanda

A Verificação do Nível de Serviço Praticado (VNSP) mede quantos dias de venda ainda restam de determinado produto. Ele ajuda a avaliar se o item está estocado em excesso ou se há risco de faltar.

O ideal é que o VNSP esteja entre 7 e 10 dias. Se ultrapassar esse limite, pode indicar sobrecarga de estoque. Se for inferior a 3 dias, é um sinal de alerta para compra imediata.


Considerações finais

Manter o controle de estoque em farmácias é mais do que registrar entradas e saídas. Trata-se de um processo estratégico que exige análise de dados, previsibilidade, adaptação à sazonalidade e uso inteligente da tecnologia.

Quando bem feito, o controle de estoque reduz perdas, melhora o atendimento ao cliente e contribui para o aumento sustentável do lucro. É a base de uma farmácia competitiva e financeiramente saudável.

Fontes:
SEBRAE;
ICQT;
CRF-SP;
Farmácia Popular;
Anfarmag.